O ombro da Borboleta

O ombro da Borboleta

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O sábio

Por favor, alguém me empresta utilidade?
Quero valer além da conta,
quero ser preciso de verdade.

Não se engane, jovem poeta!
ser útil é mentira, balela
Só serve para alma irrequieta.

Como assim, não pode ser,
fui eu quem passei, toda vida
a procurar, sem saber?

Não há quem procure rapaz,
nem quem se quiser ache.
todos buscam a mesma paz, é praxe.

E então, como fazer?
A quem pedir, estamos perdidos?
Qual sentido escolher?

Pergunte a si e saberás
toda a vida percorrida
de apegos te arrastarás

Quem há de soltar meu passado?
Como me desapego,
De não me sentir fracassado?

há de olhar bem nos olhos,
e buscar entender
não há derrota nem ganhos
só Vida para se Viver.

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