Inquisidor, meu inquisidor
quanta culpa na alma nossa esconde
e à razões sombrias corresponde.
Quanta dor perdura seu pensamento
e se satisfaz em angústia e lamento
És de ti tão prisioneiro quanto eu
e rasga-nos a pele a mesma rameira velha.
Conquistador, meu conquistador
quanta ânsia em flama te persegue
e à busca de salvar-nos fica entregue.
Quanto amor e ódio bufam em seu peito
e quantas certezas tardias morrem em seu leito
És de ti tão prisioneiro quanto eu
e rasga-nos a pele a mesma adaga velha.
Criador, meu Criador
quanta pergunta lançada e perdida
e suplícios secretos de morte e de vida
Quanta magia e luz traduzem sua beleza
e enchem-nos os olhos de alegria e tristeza
És de Ti todo o Universo quanto meu
e rasga-nos o peito a mesma verdade: sê-la.
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