O ombro da Borboleta

O ombro da Borboleta

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Árvore da Vida

Inquisidor, meu inquisidor
quanta culpa na alma nossa esconde
e à razões sombrias corresponde.

Quanta dor perdura seu pensamento
e se satisfaz em angústia e lamento

És de ti tão prisioneiro quanto eu
e rasga-nos a pele a mesma rameira velha.

Conquistador, meu conquistador
quanta ânsia em flama te persegue
e à busca de salvar-nos fica entregue.

Quanto amor e ódio bufam em seu peito
e quantas certezas tardias morrem em seu leito

És de ti tão prisioneiro quanto eu
e rasga-nos a pele a mesma adaga velha.

Criador, meu Criador
quanta pergunta lançada e perdida
e suplícios secretos de morte e de vida

Quanta magia e luz traduzem sua beleza
e enchem-nos os olhos de alegria e tristeza

És de Ti todo o Universo quanto meu
e rasga-nos o peito a mesma verdade: sê-la.

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