Deixou-as soltas, peladas, confusas, todas em minha mão.
Não sabia se olhava ao menino ou às suas ideias.
Eram muitas, eram vivas, eram amedrontadoras!
Criações saltitavam em sua mente,
Seus medos, alguns sonhos,
Terrores de TV.
O menino lutava e corria,
Fugia, se escondia.
E imaginava tanto e tanto
E imaginava mais!
Muitas portas, muitos bichos,
Fogo, faca, teia.
Não havia silêncio, nem paz.
O menino abriu seus olhos e disse
"estou tentando abrir os meus olhos".
Eu quis chorar com ele, mas ele não chorou.
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