O ombro da Borboleta

O ombro da Borboleta

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A fome do homem

Ao chorar, esquece-se dos risos de glória .
Prega-se ao peito a loucura insana e perene,
Que ressoa no eco da solidão "sempre estive aqui".

Amarguram-se os dedos frouxos, sem tensão vivaz.
Querem desistir, assim como os lábios e as bochechas.

Essa pausa de tempo, esse desconstruir de espaços,
Trazendo um lençol negro para cobrir-lhe a pele.

O sussurro da escuridão, cuidando de perspassar por todos os poros.
A complacência da mente doente.

Um humano cru.
Sem piedade nem vergonha de sua própria escória.
Alimentado por sua tristeza, de boca aberta.

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