Pandora abandonou-me em dúvidas,
quando veio disfarçada em caixa de ódio
aquela bendita esperança.
Por vezes tentei decifrá-la,
por vezes deparei-me triunfante a segurá-la.
Como um soldado a empunhar firme sua espada para lançar um último golpe.
A última que morre,
A espera confiante driblou-me a tanto,
e a todo embaralho
dizia-me, mantenha o espírito, e há de ser.
Não sabia outrora o que sei agora.
Enganou-me mascarada de bem,
em meio a tanto mal liberto
do presente curioso.
Não mais.
Esperança é o mal maior,
é a expectativa infinda,
a cortina espessa que encobre a verdade.
É a última a se vencer, pois é a mais difícil.
Está travestida.
Se mantém perto e nos aconselha.
Parece amiga.
Fez sentido por fim aquela caixa: amaldiçoada.
E a verdade sei.
Não hei de esperar mais nada.
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