E ao pé da amoreira, a buscar frutos doces, queixou-se de sua tristeza.
Conversou com os pés descalços sobre sua infortuna herança de maus sentimentos. Deixou regar a grama lágrimas da nascente de seus olhos, e pode acalmar seus soluços nas amoras.
Não sabia apartar-se de quem era. Entendia a força com que se agarrava às suas expectativas e desfechos de si mesma. Percebia o mal que lhe faria soltar-se.
Como viver sem aquele medo tão conhecido?
Como consentir partir a angústia amiga? Companheira de tantos contos... impulsionadora das sublimações mais consistentes de mim?
Melhor assim. Assim antigo. Assim costumeiro. Assim assim.
Queixou-se mais algumas vezes, e talvez outras, não sei...
Não sei o destino das amoras, mas passos em passos,
remorsos atirados, caminhos esquecidos,
parti.
Sempre parte levando a bagagem. Será que isso é realmente partir?
ResponderExcluirO que restou de mim em mim mesmo depois de tanto ser aquilo que de mim se esperou?
ResponderExcluirParece que tendenos a ficar parados às margens de nós mesmos.
ResponderExcluirLaurinha. Amo ler o que você escreve. Me arrepia a profundidade do seu toque..
Obrigada tio! Fico sempre muito feliz com suas palavras! =)
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