Quem dera eu pudesse entender
qual essência é essencial.
Somos tão categóricos,
tão programáveis.
Tão certos de ser o que esperam de nós.
Esquecemos porém, quem somos.
Será que ando fugindo da minha essência
ou apenas trocando roupagens?
Quem sou? Quem sou?
Que tormenta!
Quanta inquietação da paz.
Essas verdades alarmantes.
Como escapar dos anzóis da vaidade?
O ombro da Borboleta
terça-feira, 19 de maio de 2015
Desesperoança
Esse espaço entrecortado entre um anseio.
É preciso escrever, mas o que?
Qual é a voz que quero falar?
São tantas opiniões sobre tudo. Tanto escrito vazio.
Estou eu vazia e julgo?
É preciso escrever, mas o que?
Qual é a voz que quero falar?
São tantas opiniões sobre tudo. Tanto escrito vazio.
Estou eu vazia e julgo?
Amém
Todo amor
Que compuser o espírito
E todo clamor
Enraizado na alma
Seja louvado o esforço louco
E clamada a coragem tardia
E nada vá além da frase cabida
Fio
O fio, tece seu laço em fita de papel.
A palavra é linha, lã.
E conduz o pensamento.
Pensado: possibilidade
Escrito: concreto
Simborá
Ai ai
dor minha,
que queres de mim?
Estou tão só,
sozinha
que tudo dói, sim.
Mas já é hora,
Não tarda,
vais se embora!
Por favor, vai!
Por mim...
dor minha,
que queres de mim?
Estou tão só,
sozinha
que tudo dói, sim.
Mas já é hora,
Não tarda,
vais se embora!
Por favor, vai!
Por mim...
Transbordante
Meu coração derrama
e anseia por mais,
"mais, muito mais!"
Quero abundância
e o peito inflama,
quero demais!
Inspira coração meu,
assimila o que já é seu
e siga na direção.
Há de morrer de excessos!
Acalma seu palpitar,
deguste sua emoção.
e anseia por mais,
"mais, muito mais!"
Quero abundância
e o peito inflama,
quero demais!
Inspira coração meu,
assimila o que já é seu
e siga na direção.
Há de morrer de excessos!
Acalma seu palpitar,
deguste sua emoção.
Revela-se
Revela-se,
deixe cair por terra
toda a casca.
Entrega-se,
não carregue mais
todo o medo.
Amar o requer
inteiro.
deixe cair por terra
toda a casca.
Entrega-se,
não carregue mais
todo o medo.
Amar o requer
inteiro.
segunda-feira, 4 de maio de 2015
A partida
Qual tristeza contam teus olhos?
Qual tristeza eles mentem?
E quando se fecham, qual a dor do teu coração?
Sente tua incapacidade?
Sente tua falta de controle?
Sente teu medo?
E o que tu dizes a ti mesmo?
Tenta?
Chora?
Faz a mala e vais embora?
Qual certeza tens em tua alma?
Qual incerteza vem te encontrar?
Sente tremer ilusões?
Sente que a dor vai ficar?
Qual tristeza eles mentem?
E quando se fecham, qual a dor do teu coração?
Sente tua incapacidade?
Sente tua falta de controle?
Sente teu medo?
E o que tu dizes a ti mesmo?
Tenta?
Chora?
Faz a mala e vais embora?
Qual certeza tens em tua alma?
Qual incerteza vem te encontrar?
Sente tremer ilusões?
Sente que a dor vai ficar?
domingo, 3 de maio de 2015
Oceano
Em mim chovem mares,
e a neblina não me deixa ver.
Tanto raio raivoso,
tanta dor.
Rezo pela vela,
pra que acerte a direção.
Entre ondas só posso esperar.
Ajoelho-me ao convés...
Que o mar guie meu coração.
Solto das mãos a corda que me corta.
Deixo-me navegar.
Tudo passa,
tudo há de passar.
e a neblina não me deixa ver.
Tanto raio raivoso,
tanta dor.
Rezo pela vela,
pra que acerte a direção.
Entre ondas só posso esperar.
Ajoelho-me ao convés...
Que o mar guie meu coração.
Solto das mãos a corda que me corta.
Deixo-me navegar.
Tudo passa,
tudo há de passar.
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