E ao pé da amoreira, a buscar frutos doces, queixou-se de sua tristeza.
Conversou com os pés descalços sobre sua infortuna herança de maus sentimentos. Deixou regar a grama lágrimas da nascente de seus olhos, e pode acalmar seus soluços nas amoras.
Não sabia apartar-se de quem era. Entendia a força com que se agarrava às suas expectativas e desfechos de si mesma. Percebia o mal que lhe faria soltar-se.
Como viver sem aquele medo tão conhecido?
Como consentir partir a angústia amiga? Companheira de tantos contos... impulsionadora das sublimações mais consistentes de mim?
Melhor assim. Assim antigo. Assim costumeiro. Assim assim.
Queixou-se mais algumas vezes, e talvez outras, não sei...
Não sei o destino das amoras, mas passos em passos,
remorsos atirados, caminhos esquecidos,
parti.
O ombro da Borboleta
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
À sua imagem
Treme o pulso,
Inflama o ar dos pulmões,
Carecem esperanças loucas...
Saudade.
Ver-te, apenas.
Mirar-te retrato,
Sem vida, sem palpitação.
E recordar nas mágoas mesquinhas
Teus lindos olhos,
Tua face expressiva
E meu eterno
Amor.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
A esperança de O'hara
Hoje entendo Scarlett O'hara. Entendo a sutileza de onde emana sua força.
Entendo seus olhos um tanto decepcionados, não tristes, mas embriagados, arrebatantes.
A valentia está além da coragem. Ela perdoa a própria loucura e busca interminavelmente melhorar a vida - e curar os nervos. Custe o que custar.
Scarlett sente à mão a terra, e faz promessas. E são seus olhos, tão imergidos em seu espírito, que nos contam sua dor, sua solidez.
Distante da realidade do filme percebo esse enrijecimento manifestar em mim.
Esse engasgar realidades, e continuar seguindo.
Por isso, talvez, diz-se que vamos ficando maduros, até apodrecer.
E eu me nego, mas me curvo...
Entendo seus olhos um tanto decepcionados, não tristes, mas embriagados, arrebatantes.
A valentia está além da coragem. Ela perdoa a própria loucura e busca interminavelmente melhorar a vida - e curar os nervos. Custe o que custar.
Scarlett sente à mão a terra, e faz promessas. E são seus olhos, tão imergidos em seu espírito, que nos contam sua dor, sua solidez.
Distante da realidade do filme percebo esse enrijecimento manifestar em mim.
Esse engasgar realidades, e continuar seguindo.
Por isso, talvez, diz-se que vamos ficando maduros, até apodrecer.
E eu me nego, mas me curvo...
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