O ombro da Borboleta

O ombro da Borboleta

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Tem um bicho no meu quarto

posso dizer, eu sei que sim
quem não pode também pode
quem diz não mente pra mim

tem um bicho no meu quarto
fazendo zum zum zum
não sei se mato ou não mato
é bicho que não faz mal algum

mas hoje dei a escrever
faísca na alma ou querubim
só sei que preciso dizer
e com bicho será assim:

escolhi zum zum viver
zum zum zum na alegria
se zum zum você escolher
zum me encontre na euforia

zum zum cá a festa é boa
pois zum tem tristeza zum
e o zum zum até que soa
um batuque zum zum zum




Vai e vem

Não tenho resposta,
controle nenhum
mesmo querendo tanto
mesmo pedindo tanto
mesmo fazendo tanto

tanto vive em tanto faz
tanto já não satisfaz
tanto já ficou pra trás

agora já perdi a hora
ando descalça
vou embora
fico
já não importa

estou a estar com a vida
se der na telha
dou partida
e se não der
o que é que tem?

Ninguém tem resposta nenhuma
controle algum

A vida é um vai e vem.


Vento meu

Eu gosto e falo de vento
a todo momento
pode perceber

mas é ele meu mestre e amigo
que brisa comigo
me ensina a viver

é breve
é leve
nos toca

é forte
é vivaz
os cabelos enrosca

viaja, não para
sem tempo

é e está
mesmo ao relento

Foi o vento, fresco e gentil
que hoje veio me contar
sem pressa, de mansinho

que minha alegria
nesse meu caminho, nesse meu andar
é estar comigo e me amar.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Hollow

I have nothing to say
and yet,
here am I with my words
here am I with my thoughts in ink
here am I with my soul cripted into letters
and still,
nothing to say