O ombro da Borboleta

O ombro da Borboleta

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Conto de um amor bandido

"Que descuido andar descalça em vidros quebrados" pensou ela tirando os sapatos. "Dê logo um jeito nesses pés!" conversou consigo mesma.
Ao longe só se via uma menina com calçados nas mãos pisando em cacos. Havia outros caminhos, e todos se perguntavam o que a teria levado até ali.
A rua estava iluminada apenas pelas luzes fracas dos postes, e o tom era cinza molhado.
Ela não olhava para os lados. Ninguém se aproximou também.
"Dessa vez não corto os pés", pensou, "sei como me proteger".
O fim foram pés sangrentos e lágrimas desajeitadas.
Ela estava sozinha, e via os sapatos jogados em meio aos vidros.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

É

Um singelo movimento
Tão atento
Sentimento se revela 

Emanam dos poros
Luzes, calor
E veste o corpo asas de cisnei negro

Dança o presente pelas veias
Salta aos olhos vontade
E nada é alheio

Decidido a viajar folhas
Faz-se vento 
Momento, sedento

Solta
E rasga a pele
E traduz grandeza
E é.